COLUNISTAS

NA AVALANCHE por Rafa Tosh

As “viúvas” de “Pichi” Escudero

* Jogo de hoje, fundamental para garantir as vantagens das fases eliminatórias da Taça Piratini. Não que eu valorize muito o ruralito, mas vale a velha máxima “pior que ganhar o Gauchão, é perder o Gauchão”.

* Carlos Alberto seria uma péssima contratação se o treinador fosse um Autuori ou Silas. Porém, com o grande comandante Renato, a fama de “bad boy” do marrento carioca está com os dias contados. Renato saberá muito bem enquadrá-lo no sentido de apenas focar-se em apresentar seu futebol incomum. Grande contratação.

* Não menos brilhante, a contratação de Escudero, já comentada na coluna da semana passada. Seu chute poderoso de longa distância irá contribuir e muito com o tricolor. Escudero, ídolo no Velez, era conhecido como o “rei de Liniers”. Aposto em um esquema com apenas um atacante de pivô, com a chegada qualificada dos habilidosos meias Escudero, Carlos Alberto e Douglas.

* Impressiona a evolução de Rochemback dentro do GRÊMIO. Quando chegou parecia um ex-atleta preguiçoso. Agora comanda a volância com grande qualidade, personalidade e garra. Outro mérito do mestre Renato a sua recuperação.

* Rodolfo na sua estréia já mostrou ser diferenciado. Sinceramente nos tempos de Fluminense, tenho apenas a lembrança de seus chutes potentes de longe, mas não da sua atuação efetiva como zagueiro.

* Um atacante de velocidade, ainda falta para o GRÊMIO ser um dos favoritos à conquista da Libertadores. Dagoberto efetivamente foi tentado. Complicador também é o regulamento da Conmebol, que permite apenas três inclusões na fase de grupos, já completas com Escudero, Carlos Alberto e Rodolfo.

* Na semana que vem, já teremos a apresentação do novo manto tricolor. Eduardo Antonini comentou que está muito bonita, com traços puxando um modelo mais tradicional. Esperamos que seja neste sentido mesmo. Festa de lançamento promete com apresentação de Fernanda Lima.

* O humilde VEC vem assumindo a paternidade de certo time lacustre. Apenas mais um fiasco em meio a tantos.

* Grande evento de liso, promovido por Breno e Franzen no próximo sábado. Apesar de gostar muito da modalidade, faz mais de um ano e meio que não a jogo, excetuando-se o Estadual por Equipes do ano passado, que disputei algumas partidas mesmo sem ter treinado. Vale a diversão e o encontro com amigos.

CACOLORADO por Caco Castellan

Sermpre tem um bar numa esquina, mesmo na praia

Esta semana, passei por uma experiência diferente. Estive em Tramandaí com meus dois filhos menores. Fui fazer companhia à minha mãe e passamos uma semana espetacular, foi um convívio único de três gerações transcorrido em perfeita harmonia e descontração. 

 

Tudo transcorreu de forma perfeita até que chegou o domingo. O sol, pela manhã não apareceu, e aproveitei o tempo nublado para antecipar aquela corrida recomendada pelo Moreira. O cara não larga do meu pé e prometeu uma avaliação física rigorosa no meu retorno, onde ele saberia se fiz os exercícios determinados ou não.

Corrida completa, fui à cozinha e, para quem não sabe, também dou meus tirinhos no fogão. Como gosto de pratos nordestinos preparei um Baião de Dois bem temperadinho que recebeu a aprovação da família, é verdade que não havia outro prato para a refeição e os participantes de mesa foram minha mãe e os dois filhos, mas isto não é tão relevante.

Então chegou a tarde e o dia tão bom começou a mudar. Me preparei para assistir Veranópolis x Inter . A tv anuncia Flamengo x Boa Vista, como??? 

 

- Meu filho, é parabólica e pega a Globo do Rio, coloca no outro canal que pega a RBS. Ah! Vamos lá. Depois de 10 minutos de jogo em branco e preto onde só ouvi a narração do gol de Damião porque na TV não tinha chuviscos, era uma tempestade assustadora, resolvi sair de casa e ver no bar da esquina. É impressionante como sempre tem um bar na esquina!

O final do 1º tempo passou meio que em branco dividindo observações com vizinhos de mesa, estabelecendo alianças e identificando os adversários. Não eram muitos, na verdade bem poucos porque todo mundo tem mais o que fazer do que secar o Inter contra o Veranópolis.  Então resolvi prestar atenção no 2º tempo.

Por favor, me ajudem. Qualquer amigo, ou mesmo alguém que apenas tenha dó e possa me oferecer algum conforto uma palavra de esperança. Pode ser colorado ou gremista, só não vale corneta, por favor, respeitem a dor de quem é obrigado a ver em campo com a camisa de seu time do coração um sujeito chamado Wilson Mathias.

O Mathias é aquele cara que no joguinho de pelada está encostado na cerca, não conhece ninguém e está lá só olhando, louco para jogar mas tem vergonha de pedir porque sabe o tamanho da sua bolinha. Então acontece, falta um.

- Cadê o Maumau?

- Não veio, a Vânia mandou avisar que o Maumau hoje não tá a fim de jogo.

Pronto, e agora? Não, não olha para o lado. Tarde de mais já viram o cara da cerca.

- Quer jogar? Era tudo o que Mathias estava esperando, um convite. Agora sua falta de técnica, habilidade e intimidade com a bola estariam desculpadas. Eu não pedi para jogar, vocês é que me chamaram.

O Mathias em campo é assim, nunca está onde a jogada acontece, está sempre fora do lugar, ou melhor, ele procura um lugar fora da jogada para se colocar. Parece que marca, mas não tira a bola de ninguém quando não tem alternativa e precisa encarar a jogada, faz falta e para o lance quando a bola sobra limpa no seu pé se livra dela o mais rápido possível, o que acaba resultando em deixar algum companheiro na roubada.

Enfim, este é o espetacular, nefasta herança. Fernando Carvalho tem bom olho e bom faro e de todos os que por ele vieram este reafirma o ditado, é a exceção que confirma a regra.

Hoje, não tenho nada sobre FM. Só dizer que na mesa, contra o Wilson Mathias jogando com vantagem do empate eu pego o Celso e ainda dou 1 gol.

Abraços colorados.

* Antes que o nosso colunista vermelho tome um sarrafo em casa, esclarecemos que a foto foi escolhida pelo Editor, sem o conhecimento do colunista. Ele enviou somente o texto.