quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NA AVALANCHE

Por Cristian Costa
Primeiro gostaria de pedir desculpas a todos os leitores dessa coluna. Eu escrevi duas semanas antes do início do PAN que o Brasil iria ganhar 47 medalhas de ouro e na verdade conseguimos 48. Desculpa pelo erro grosseiro na análise da competição. Imperdoável. Mais Pan lá embaixo.
Tricolores
O Ronaldo é gênio. Craque de bola destes que raramente pisaram os gramados do mundo. O cara joga tanto, mas tanto, que conseguiu fazer o André Lima e o Miralles jogarem bola, algo que achei estes olhos castigados pelo tempo jamais veriam.
O segundo gol do André é digno de nota 10 no Bola de Prata da Placar. O pior jogador entre os 22 em campo fez um gol que o Romário assinaria com prazer. Depois Miralles fez daqueles gols que só nos acostumamos a ver nos tapetes ingleses e raramente ocorrem em gramados nacionais.  E tudo em função da presença do Ronaldinho em campo.
O presidente do Grêmio, Paulo Odone, deveria angariar recursos, ou seja, solicitar um empréstimo aos gremistas milionários como o Gothe, o Rafa Tosh e o Dani e contratar o Ronaldinho. A cada jogo, ele emprestaria o jogador para o nosso adversário. Seríamos campeões de tudo. Nossos pernas de pau virariam craques da noite para o dia. Nossa torcida lotaria o estádio sempre, em busca da vingança eterna.
Uso este espaço para lançar a campanha: Odone contrate o Ronaldinho urgentemente!!!        
Futebol no Mundo
A temporada europeia e na Argentina começou com velhos e novos campeões reinando em seus países. Sem ver a cor da taça há algum tempo, o Boca encaminha o título até com certa facilidade . A tradicional Juventus parece querer acabar com o reinado do time da cidade da moda na Itália. Já o City, no jejum desde 1967, desponta como o favorito na Premier League. Outro time apoiado no dinheiro do mundo árabe que deve comemorar um campeonato nacional depois de muito tempo é o PSG na França.
Pan
O Brasil saiu com boas e más notícias do Pan Americano rumo a Londres 2012
O atletismo parece ter boas esperanças para Londres 2012 tanto nas pista - pode pintar final no revezamento 4x100 masculino e feminino e quem sabe em alguma outra prova de velocidade como os 200 masculino ou os 200 feminino-, como no campo. Fabiana Murer e Mauren continuam com marcas expressivas ainda mais em final de temporada. A saltadora, aliás, realizou o melhor salto do ano.
Na natação, Cielo vai em busca do ouro no 100 e 50 metros livre. Tiago sonha com pelo menos uma medalhinha nos 200 medley. O revezamento 4x100 livre, Felipe França nos 100 costas e Brunoi Fratus nos 50 livre podem incomodar também.
O judô masculino vai cheio de confiança. Não acredito em medalha, mas em bons papéis (se confirmarem a vaga nacional) do Felipe, Bruno, Leandro Cunha e do Rafael. Desculpe-me os entendidos, mas o Luciano Correa vai perder na primeira luta como sempre. Tiago e o Leandro Guilheiro vão forte em busca de medalha. O Tiago derrubou de ippon o judoca cubano, medalhista mundial e principal revelação da categoria na temporada mostrando que quando está a fim é um lutador perigoso. O feminino ficou aquém da expectativa, principalmente a Sarah que perdeu pra uma lutadora muito inferior tecnicamente.
A vela foi bem, mas acho que nossas esperanças ficam restritas a classe Star (não faz parte do pan) e ao Bimba na Prancha a Vela.
Como não sou de ficar em cima do muro, vou cravar:
Número de medalhas em Londres: 20
Judô: 4
Natação: 3
Vôlei de Praia: 2
Vôlei: 2
Futebol: 2
Atletismo: 3
Ginástica: 1
Vela: 1
Hipismo: 1
Boxe: 1

Número de Ouros: 8
Vôlei: Masculino e Feminino
Futebol: Masculino e feminino
Natação: 50 e 100 metros livre (Cielo)
Salto em Distância: Mauren
Vela: Classe Star

Recorde no número de medalhas e no número de medalhas de ouro.

As aventuras de Caju

OBS: Liguei para dar os parabéns pelo aniversário dele e não fui atendido. Será algum tipo de mágoa do nosso herói ?
Mas vamos a continuação da história...
No último episódio, Caju ficava perplexo quando soube da paixão de Renata por Francisco.
Para entender melhor essa história, leitor, vamos voltar no tempo, mais precisamente para o final dos anos 50 em Santana do Livramento.  Um jovem Agenor dava a notícia aos seus pais: iria cursar engenharia em Porto Alegre. Colorado fanático sofreu com a série de títulos do Grêmio. Em 1968 pintou a chance (já estava formado) de ir trabalhar na Petrobrás no Rio de Janeiro.
 Foi, mas voltou para ver seu time retomar as rédeas do campeonato gaúcho no recém inaugurado Beira-Rio e, graças a amigos, participou da festa do título no vestiário com dirigentes e jogadores.
No Rio, em 1970, conheceu uma menina e apaixonou-se perdidamente por ela. O nome dela Miriam. Linda dos pés a cabeça. Sobrinha do lendário lateral esquerdo do Botafogo, Nilton Santos, a moça também se encantou por aquele rapaz bem afeiçoado, com gostos refinados e uma carreira promissora.
Dois anos depois nascia desse amor Renata. Linda como uma Helena. Inteligente como a imperatriz Catarina da Rússia. Ousada como uma Mata Hari. Para desespero do pai, desde pequena, em função dos parentes cariocas, revelou sua paixão pelas cores alvinegras do Botafogo.
Quando tinha dez anos Renata acompanhou os pais a uma festa da empresa. Era a primeira vez que a  família de seu Agenor tinha contato com um jovem loiro e bronzeado de sol, um verdadeiro Menino do Rio.  Recém contratado pela empresa, Francisco exalava beleza por cada parte do jovem corpo prestes a entrar na vigésima quinta primavera.
Foi amor a primeira vista. Francisco e...Agenor estavam completamente apaixonados desde da primeira cruzada de olhares. Por um tempo, Agenor negou o sentimento, mas depois entregou-se de corpo e alma ao jovem “Apolos”.
Dona Mirian entendeu, mas não suportou os olhares de desaprovação da sociedade carioca. Foi para e Europa e permaneceu por lá durante anos. Renata ficou sob a tutela do pai e de Franscico. Agora eles formavam uma família diferente, mas feliz. Copacabana, bairro onde residiam, era testemunha ocular de tanta felicidade.
Infelizmente, tal como numa peça Rodrigueana, a enteada se apaixonou pelo padrasto e foi correspondida. Por infortúnio, nosso herói, Marcelo Caju, estava no meio deste turbilhão.
Como relatamos no final do último capítulo, o impacto da notícia deixou Marcelo catatônico.
Ele levaria três anos para se recuperar...continua
Epílogo:
Seu Agenor não suportou a dupla traição e matou-se enforcado com a mangueira do chuveiro. Seu corpo foi cremado e as cinzas atiradas no gramado do Beira-Rio.
A dor na consciência pela morte do pai foi demais para Renata. Ela perdeu totalmente a razão e hoje vive em uma casa para doentes mentais em Petrópolis, na região serrana do Rio de janeiro. A mãe à visita com frequência. Os funcionários da casa me revelaram que Dona Miriam fica olhando para a filha com um sorriso enorme no rosto e sempre profere a mesma frase: você me vingou, filha adorada.
Francisco: Pediu demissão da empresa e foi morar no Canadá. Nunca mais soube-se nenhuma notícia dele, até 2005, quando a família soube de sua morte. Ele foi esfaqueado por uma prostituta de origem asiática no apartamento onde morava, localizado na área central de Toronto.

Frase da semana: “Não chuto mais a gol”
Paulo Dias depois de chutar três vezes no goleiro do Gustavo e em todas a bola retornar para seu campo de defesa.
Um abraço aos amigos de Toronto que conviveram com Francisco durante anos e aos enfermeiros de Petrópolis. Sem os seus depoimentos seria impossível contar o desfecho da vida de pessoas que marcaram tanto a história do nosso protagonista.

Nesta quinta-feira é dia de CONEXÃOLiso com Pedrinho Hallal. Confira as chances dos Gaúchos no Brasileiro de Recife e a nova polêmica sobre alterações na regra brasileira que estão sendo propostas para serem votadas neste próximo brasileiro nas sempre perigosas (para a regra) terras nordestinas.

4 comentários:

Caju disse...

Já to até vendo...Vai sobrar para mim,o final desse história....rsss.

Aceito o parabéns atrasado...Abraço.

Caju.

SAMBAQUY, Adauto Celso disse...

As aventuras do Marcelo Caju estão ganhando um contorno interessante. Se publicadas em forma de livro, sou candidato a compra de um exemplar.
Cajú, meu amigo querido, muitas felicidades pelo seu aniversário.
Espero que, daqui para a frente o desenrolar de suas aventuras lhe concedam momentos felizes.
Acompanho todas as quartas feiras essa "genial" coluna.
Um abraço
Adauto Celso Sambaquy

Cristian Ferreira da Costa disse...

Obrigado, Adauto. Vem mais coisas interessantes por aí, eu garanto....

abraço!!

Caju disse...

Obrigado uma vírgula...Quero ganhar uns "cascalhos" com os direitos autorais desta historia...hehehe.

Abraço.