quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NA AVALANCHE

Por Cristian Costa
Se eu fosse como o Tosh, o Rafa Lima e o Gothe, e mandasse no Grêmio a coisa ficaria mais ou menos assim pro ano que vem.
Goleiros:
Venderia o Victor ontem.
Motivo: valor do salário é muito alto e ainda tem espaço no mercado europeu (porra até o Doni, o Gomes e o Helton jogam  lá faz tempo).
Meu camisa 1 seria o Marcelo. Jogador com média mais alta entre todos os goleiros na bola de prata, mas como jogou poucos jogos foi eliminado pela justa regra de no mínimo 19 partidas. Para a sua reserva, tentaria o Marcelo Lomba do Bahia.
Laterais: 
Não mexeria em nada.
Mário na direita e Júlio César na esquerda. No banco, o maior salário do RS (Gabriel) e o Bruno. Se arranjarem algum time trouxa que pague ao menos 70% do valor do Gabriel, tentaria o Lucas do Figueirense pra direita.
Zagueiros:
Mandaria quase todos a Portugal de Navio, como cantava o Mutantes. Só restariam no Olímpico, Saimon e Vilson. Como tudo indica que o cara da Chapecoense tá contratado, teríamos três. Nas vagas restantes apostaria no Patrick e Gerson (base) e investiria no Emerson (Coritiba). Se tivesse um troco a mais tentaria o Naldo (Werder Bremen).
Volantes:
Fernando seria meu titular absoluto. Para a reserva dele, contrataria o Michel do Ceará e manteria o Gilberto Silva. Para a segunda função, fico com o Fábio (mas não é meu titular absoluto) e contrato o Marco Aurélio (Portuguesa). Agora vou dar a dica, acompanhem o Brasil no pan e conheçam o futuro titular do meio campo gremista: Misael. Mais jovem jogador titular do time do Ney Franco. O guri joga muito. Dezessete ou dezoito anos apenas.
Jogadores não citados acima deveriam ser negociados imediatamente.
Meias:
Douglas: titular
Marquinhos: reserva
Escudero (reserva e só fica se rolar novo empréstimo)
Pessali (reserva)
Para a vaga de titular que falta, buscaria o Elias que tá só comendo e dormindo no Atlético de Madrid. Sabe jogar mais adiantado e marca bem, facilitando o apoio dos laterais.
Atacantes:
Vejam que até aqui, fora o Elias, gastei menos em reforços do que o Pedrinho e o Vinhas tem nos bolsos. Por que é neste setor que temos a necessidade de um amplo investimento
André Lima e Brandão devem ganhar passagem só de ida pra alguma guerra civil na África. Já o Miralles...puta que pariu não tenho a mínima ideia do que fazer com o Miralles. O Renato devia responder essa, já que fez a gente gastar um dinheirão (como se o Grêmio não tivesse suficientemente quebrado) nessa lorpa.
O que mais tem no Brasil é homem de área. Minha lista teria Edno (Portuguesa, pode jogar no lado tb), Anselmo (Atlético Goianense), Bill (Coritiba) e o drogadito do Jobson (Botafogo). O argentino Prato era uma boa, mas recém chegou ao Genoa da Itália. E como sonho de consumo Kleber, o gladiador
Para o atacante de lado, aí vamos gastar afu, pois sonho com o Carlos Eduardo (nunca vejo o cara jogar no Rubin Kazan, não que eu acompanhe o campeonato russo) ou o Jonas (curtindo um banco legal do Soldado e do Canales no Valência). Como opção, o Leandro mesmo e mais algum jogador.
Treinador: Celso Roth, o melhor do Brasil.
Brasileirão
Neste campeonato to só por duas coisas: Fogão campeão e Cruzeiro rebaixado. Odeio o time estrelado de Minas quase tanto como o Inter. Quase tanto, eu escrevi.
Coube ao time mais insonso do Grêmio nos últimos tempos quebrar a escrita da Vila Belmiro. Futebol tem disso.
Futebol de Mesa
Geraldo Santana continua sua luta para seguir vivo. Na mão da direção do clube a nossa permanência na Luis de Camões. Eu gosto de jogar lá e fico na torcida pra aceitarem a nossa proposta.
Trabalho com projetos sociais e faço jornais e revistas para empresas que apostam em responsabilidade social e inclusão para portadores de alguma necessidade especial, então fiquei muito feliz com a notícia vinda de Viamão: um cadeirante jogando botão, muito bala.
Olimpíadas
Na verdade, pan. O Brasil irá me surpreender positivamente se conseguir chegar a 56 medalhas de ouro do Rio de Janeiro. Aposto em 47 no total, mas fico na torcida para estar errado.
As aventuras de Cajú
Faltava meia hora para o clássico. A festa era linda no maracá. De um lado, os flamenguistas com sua faixa: somos todos menos alguns. Do outro lado, a fanática e sofrida torcida do Botafogo. Dia inesquecível aquele 12 de julho de 1992.
Nosso herói, Caju, entretanto não olhava para o campo, nem gritava com os “irmãos” da Fúria Jovem. Seu olhar era em direção ao portão de acesso, onde já deveria a mais de hora ter cruzado Renata.
Ele estava no lugar certo do estádio. Daquele ponto, os apaixonados Cajú e Renata viram o Botafogo triturar seus adversários e chegar a final do campeonato brasileiro. Onde estaria Renata?
Apita o juiz e começa a decisão. E nada da Renata entrar no estádio. Marcelo foi o único que não viu, pois olhava para o portão em vez do gramado, os que os 117 mil presentes ao campo foram testemunhas oculares. O lateral esquerdo do Flamengo, Piá, desce pelo flanco e rola na entrada da área para Júnior marcar. Festa rubro negra.
O Flamengo fez mais dois gols no primeiro tempo. Fim de jogo. Três a zero e a sorte do campeonato praticamente selada. Caju viu pouco do jogo, pois Renata não apareceu. Na saída, comentou com amigos preocupado sobre a ausência da amada. Um acidente, alguma morte na família inesperada.
Nada disso, mas Caju só saberia o real motivo horas depois...
Continua
Frase da semana:
“Quero que me investiguem”
Ministro Orlando Silva
Um abraço ao amigos de Recife, principalmente aos fiéis torcedores do Santa Cruz.

2 comentários:

Pedro C Hallal disse...

O Cristian voltou a velha forma... os leitores agradecem.

SAMBAQUY, Adauto Celso disse...

É um brilhante escritor e prende a atenção dos leitores. Fez uma análise sobre a renovação gremista que eu acredito seja a mais correta possível. Só não posso aceitar esse ódio pelo meu Inter. Mas, no coração ninguém manda.
Agora as histórias do Caju são um enredo para um filme a ser produzido. Acredito que seria sucesso de bilheteria.
Não perco uma coluna escrita pelo Cristian. Realmente tem o dom da palavra.
Parabéns.