terça-feira, 27 de setembro de 2011

CAMPEÃO, CONEXÃO E MUITO +

Ao longo do tempo, são 8 anos, não foram poucos os que se mantiveram amigos do Gothe Gol enquanto objetos de elogios, tanto quanto não foram poucos os que torceram o nariz quando contrariados em suas posições ou criticados (puro estrelismo ?). Os Web leitores acompanharam estas situações durante nossa trajetória. De mensagens elogiosas através de emails e recados na Zona de Comentários, a acusações de fator de intriga e outros bichos mais. Sempre foi mais fácil transferir, sempre será.

O interessante é que ao longo de todo este tempo, todas as informações postadas e questionadas no Gothe Gol como maldosas, foram sempre que necessário mostradas e comprovadas, se necessário, continuarão sendo. Se dissemos que alguém nos fez X comentário ou observação sobre X postura ou tema e isso é questionado, comprovamos na sequência, sempre. Temos absoluta certeza de que quem nos disse X, será correto o suficiente para confirmar X, sempre.

Foram muitos os bronqueiros com a nossa Redação ao longo do tempo, mas como sempre todos passaram, alguns nem mesmo sabemos por onde andam. Em parte porque comprometidos com si mesmos e só, em parte porque amadurecem, em parte porque momentos variados fazem parte da vida de todos nós.

Sem nenhum desejo de comparação, Juca Kfouri é o jornalista com o maior número de processos no Brasil, porque fala a verdade e enfrenta todos os processos porque pode comprovar o que diz. O Editor do Gothe Gol garante tudo o que escreve, incluindo as vírgulas. Continuará assim.

Como diz o Ministério da Saúde em relação aos medicamentos e sua publicidade, persisitindo os sintomas, se você mesmo não for um, procure um médico. Minha admiração pelas pessoas seguirá a mesma, independente se movidas pelas circunstâncias modificam o que pensam sobre o Editor, até porque todos erram, o Editor inclusive, e longe de me valer de qualquer pensador ou discurso do bem oportuno, aqui me permito as desculpas públicas, quando há o equivoco.

Certas reações contradizem o chamado estilo "divertido", o rubor eventual das bochechas, quando não de toda a face na irritação, uma eventual ira paradoxal aos próprios conceitos. Pouco resolve, o elogio seguirá aqui a magia das jogadas e das conquistas, a crítica será persistente ao inadequado.

Como verdadeiro espaço democrático, nenhum outro lugar que não o Gothe Gol publicou tantas e todas as críticas ao próprio Editor. Em outras páginas sempre existiram filtros, censuras prévias, aqui o contraditório é garantido, incluído o direito de resposta e os colaboradores dispõem de absoluta liberdade em seus conteúdos.

Quanto a sugestão do Pedrinho Hallal e do Cristian Baptista que querem ver o Presidente Mário no Gothe Gol (outros já tinham me dito o mesmo), o Cristian divertido como sempre fala até em promoção, rsrs... penso que um texto como o do Presidente sempre terá lugar no Portal do Futmesa, pela sacada, pela qualidade, pelo humor, enfim, mas permanencendo na página que leva o nome da Riograndina, será sempre lido igualmente pelo Editor do Gothe Gol, e é claro, por muitos internautas espalhados por todos os cantos da rede.

CRISTIANO CARNEIRO CAMPEÃO




















Cristiano Carneiro (foto), teve nesta noite de segunda um inédito Saul Martini pela frente na decisão do Troféu Geraldo Santana de cavados. Com a vantagem do empate, Cristiano conquistou com um 0 a 0 o caneco. Saul Martini havia vencido por 3 a 1 a Leon Amaral na decisão do 2º turno, o preferido da torcida Xavante para o caneco. Se não estivermos errados, Paulo Fernando ficou com a 3ª colocação e Azevedo em 4º lugar.

CONEXÃOLiso por Pedrinho Hallal

Daniel Maciel é o primeiro campeão da Taça RS de lisos




















Quando saiu o sorteio das chaves da Taça RS de liso uma opinião era unânime: o grupo B era o grupo da morte. Faziam parte Maciel, Alex Degani, Rodrigo, Augusto, Yago, Róbson Bauer, Ítalo e Breno. Todos esperavam um grupo parelho, com pontuações similares entre os botonistas. No entanto, Daniel Maciel passeou pelo grupo, vencendo Ítalo, Rodrigo, Alex, Breno e Augusto e empatando com Yago e Róbson. Foram 17 pontos em 21 possíveis. Augusto, Alex e Rodrigo se classificaram nas demais posições, todos com os mesmos 11 pontos. Estava claro que alguém estava jogando mais do que a média no campeonato

No grupo A, Mateus Pierobom acabou em primeiro, sendo Kuhn o segundo, João Garima o terceiro e Mário Cachaça o quarto colocado. Piruka, Moreto, Vinicius e Bruno Schemes ficaram pelo caminho. Destaque aqui para a excelente campanha de João Garima, pouco badalado nas casas de apostas, mas um botonista que evoluiu muito nos últimos anos e pode começar a aparecer nas fotos com mais frequência em breve.

Os confrontos das quartas de final decidiram três pedreitas e um mumuzinho. Alex tinha que reverter a vantagem do empate contra Kuhn e conseguiu. Mateus Pierobom tinha que segurar o ímpeto de Rodrigo, e não só conseguiu como venceu a partida. Augusto tinha que segurar João Garima, mas não suportou a pressão e saiu derrotado por 3x0. Enquanto os seis botonistas citados se matavam por uma vaga nas semifinais, Daniel Maciel já estava lá, apenas descansando e esperando pelos adversário. Isso porque deu a sorte de cruzar com seu filho Mário Cachaça nas quartas de final. Para quem não lembra, o Mário é aquele botonista que joga muito futebol de mesa, foi campeão recente do Centro Sul, mas morre de medo de jogar com o Maciel, e acaba sempre eliminado. E o script se repetiu, pois o empate em 1x1 deu a classificação para Maciel.

Nas semifinais, Mateus Pierobom e João Garima, Maciel e Alex. No jogo que decidiu o título, na opinião deste colunista, Mateus vencia João por 1x0, tendo a vantagem do empate. Teve um lateral dois lances a seu favor: era fazer o segundo gol e garantir a vantagem do empate na final. E não é que Pavel Nedved, o craque do time, desperdiçou... O castigo veio em seguida: no último lance, João Garima faz um gol a bater, que o garante como terceiro colocado na Taça RS e ainda tira de Mateus Pierobom a vantagem do empate na final. Isso porque na outra mesa, Maciel mais uma vez vencia o campeão estadual Alex Degani, dessa vez por 2x0

Tudo pronto para a grande final, sendo que a vantagem do empate era de Maciel. E logo no começo, Maciel praticamente confirmou o título, abrindo o placar. Mas o Mateus não desistiu. Seguiu roendo o osso, criou chances. Nos últimos 10 minutos, o jogo foi emocionante. Mateus teve falta direta com Pavel: GOLEIRO. Mateus chutou com Trezeguet: GOLEIRO. Mateus chutou outra: TRAVE e contra ataque. E nessa hora a Taça RS já era de Maciel, que fez o segundo gol e confirmou o título com a magistral campanha de 7 vitórias e 3 empates. Mesmo sendo repetitivo, vou lembrar a todos quais foram as sete vitórias de Maciel: Alex Degani (2), Mateus Pierobom, Rodrigo, Augusto, Breno e Ítalo. Isso é campanha de campeão.

Algumas lições ficam evidentes após a Taça RS de lisos

1. A competição veio para ficar

2. Temos hoje duas associações que ainda dominam o liso no RS (Academia e AFM Caxias), mas Santa Vitória, Riograndina e AFUMEPA estão quase no mesmo nível

3. Temos pelo menos cinco botonistas com chances de brilhar no campeonato brasileiro de lisos em Recife. É mais uma prova de fogo para o botonismo gaúcho.

4. Yago não é mais promessa. Mesmo no grupo da morte quase classificou.

5. Daniel Maciel entrou na competição como pai de Mário Cachaça e manteve-se nessa condição ao final da mesma.

Para os leitores que entenderam minha última coluna, obrigado pelos inúmeros telefonemas e e-mails me parabenizando por abordar um tema tão sério de forma tão descontraída e inteligente. Aos que não entenderam, espero que os comentários postados nos dias seguintes na zona de comentários tenham ajudado a explicar o objetivo da coluna. E claro, peço desculpas para aqueles que se sentiram ofendidos por não entenderem a mensagem. Agradar a todos é impossível e jamais foi meu objetivo.

Por fim, parabéns Maciel, um grande campeão, dentro e fora das mesas. O futebol de mesa ganhou muito com a tua chegada, trazendo os demais polenteiros, alguns anos atrás.

AINDA OS CAVADOS

Temos o hábito de imaginar que o que escrevemos, pensamos e debatemos, esta apenas na alma de nossa aldeia. O case de ajustes nos cavados mostrou que isso não corresponde exatamente a verdade. Aqui mesmo no Gothe Gol botonistas de outras localidades se manifestaram sobre o tema, traduzindo suas realidades, ou visões globais. Então para que não imaginem nossos Web Leitores que não há mais pessoas versando sobre a questão, vamos reproduzir pedindo sua licença, o texto do carioca Pedro Paulo da Portuguesa Carioca postado no blog da Entidade da ilha do Governador. Vamos lá.

" A QUEM INCOMODA ...???

O futebol de mesa, que pratico a mais de trinta anos, infelizmente, na minha visão vai aos poucos minguando.

Porque não temos nas competições nacionais como outrora: Júnior e Infantil livre, Sênior livre e Master livre? Porque o Centro-Sul e o Brasileiro tem apenas o "Especial Livre"? Porque não se procura dinamizar tanto o livre quanto o liso? O que é pior? No liso a bola fica rente a linha ou entre dois botões e os técnicos vão recuando os botões, vai executar uma jogada, limpa a mesa (O TEMPO CORRE) e a partida tem muito pouco tempo de jogo (E MUITOS 0 x 0) ou no livre em que um técnico efetua uma cobertura e o adversário pede ao gol para tentar o repique?

Por que a falta de respeito e desprezo com quem pratica o livre? A quem incomoda...???

Conta-se nos dedos quem procurou a renovação, a Portuguesa Carioca tem o Campeão Brasileiro LIVRE e LISO e todos que aqui praticam o liso, começaram no livre, e tem o livre arbítrio de jogar uma das duas ou as duas modalidades, em todos os momento de nossa vida, seja qual for, fazemos uma reflexão, pois,desrespeitar, desprezar ou desejar acabar a modalidade LIVRE é pensar pequeno ".

MÁRIO FERNANDES

























O Mário fez a poucos dias (19 de setembro), 21 anos, é um guri. O famoso sumiço quando chegou ao Grêmio foi sem dúvida produto do despreparo, da solidão, de traços de depressão de quem vivia sozinho no Olímpico, sem família, poucos amigos, etc.

O Mário errou da forma como manifestou desejo de dispensa da seleção brasileira de Mano Menezes, não errou por não desejar a seleção de Mano Menezes. Formatamos uma regrinha social do que esperamos de cada profissional de sucesso em cada profissão.

Do médico esperamos que se torne um Pitanguy sem ao menos perguntarmos se ele se sente feliz ou não fazendo plantões num hospital de interior, ajudando pessoas.

De uma modelo de passarelas locais, exigimos que vá desfilar em Tóquio, Milão e Nova Iorque para grandes grifes, sem questionar se o desejo dela não é de apenas uma passagem pela profissão, mesmo que tenha enorme talento e uma beleza incomum.

De um piloto feroz da Stock Car, pressionamos para que chegue a F1 sem sequer imaginar que a categoria brasileira já o deixa realizado.

De um botonista esperamos que seja obcecado por prateleiras repletas de troféus de todas as modalidades, enquanto o desejo pode ser apenas o de curtir os amigos e se divertir.

Falei algumas vezes com o Mário Fernandes (como neste dia da foto acima antes do jogo final do brasileiro contra o Flamengo no Rio em 2009), conversei antes e depois de treinos, viagens, e a impressão que me passou com sua simplicidade, é de que se pudesse não seria nem mesmo jogador de futebol.

Viagens, microfones, entrevistas, fãs, seleção, europa ? Não percebi no Mário os desejos mínimos da média dos jogadores brasileiros. Por que exigimos e até pressionamos como sociedade que um jogador precisa ser de seleção e que jogue num supertime europeu ? Esse é o modelo ?

Mário Fernandes é um jogador acima da média, joga muito e ainda jogará muito. Teve o seu contrato acertadamente alongado com o Grêmio pela Direção justamente no dia em que disse não a seleção, agora vence só em 2015. Mário errou na forma, jamais no conteúdo. A opção de Mário Fernandes não foi nem mesmo o Grêmio, foi o próprio Mário Fernandes.

NAVEGANDO

Nosso abraço hoje aos amigos de Rio Grande no Rio Grande do Sul, Curitiba no Paraná, Mogi das Cruzes e Santos em São Paulo, Nova Friburgo no Rio de Janeiro e Gondomar em Portugal.

Imagens

Cristiano Carneiro by arquivos do Gothe Gol
montagem Daniel Maciel by Pedrinho Hallal
Mário Fernandes by arquivos do Gothe Gol

3 comentários:

dr Maia disse...

Nada mais gaúcho que desprezar e desqualificar o outro lado (inimigo) ao invés de se estabelecer e fortalecer por seus próprios méritos. E assim seguimos: Lisos x Cavados, Chimangos x Maragatos, PT x anti- PT ...
O que nos falta, muitas vezes, é o respeito à opiniões contrárias e a capacidade de conviver com a diversidade. Parabéns Gothe, continua na estrada ensinando à todos um pouquinho de tolerancia e educação.

Abraço!

Leonardo Maia (Gremio Lourenciano)

GOTHE disse...

Amigo Maia,

na verdade não existe mágica, apenas o entendimento de que cada um pode pensar como imaginar melhor, e que isso não tornará ninguém pior ou melhor do que aqueles que pensam diferente.

Querer que o universo gire em torno de nós mesmos e da nossa "genialidade", não importa o campo em que ela "ocorre", não é crível, para dizer o mínimo.

As vezes isso é decorrente de limites geográficos ou outras variáveis, mas ao final todas as experiências, não importa o tamanho delas, são importantes.

Um abraço,
Gothe.

AFM Caxias do Sul disse...

Grande Pedrinho!
Obrigado pelas considerações em sua coluna!
Grande abraço!
Maciel