sábado, 24 de setembro de 2011

DE VOLTA O CAVADO




















Um dos internautas participantes do debate sobre ajustes no cavado da regra brasileira identificou muito bem algo que ninguém havia referido. Não se debate na verdade mudanças na regra, mas o resgate das mudanças que foram feitas a bem da verdade sem a adequada discussão com os botonistas faz alguns anos. O que muitos desejam é o resgate de uma situação modificada de forma imperiosa, sem critérios de definição.

Conheço de alguns poucos encontros o todo poderoso Ricardo Teixeira, Presidente da CBF e do Comitê Organizador Local Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, e certamente se tivesse conhecimento das mudanças feitas na regra brasileira cavados por alguns senhores, iria se sentir diminuído, pois afinal de contas pode muito no futebol brasileiro e em relação a própria Copa de 2014, mas não detém o poder de mudar a regra do esporte na hora que desejar. Dr. Teixeira se soubesse disso ia curtir uma grande dor de cotovêlo.

A modificações acontecidas não foram precedidas de debates das Federações com seus filiados, não seguiram um rito que é o correto para intervenções de tamanha importância. Foram decisões tomadas em "Assembléia" da CBFM em um campeonato brasileiro e que pegou à maioria de surpresa.

A tão criticada coluna CONEXÃOLiso de ontem que se dedicou também ao tema, de uma forma central, ao contrário do que alguns imaginam, não serviu para uma nova polêmica, nem para a chacota, nem para o desrespeito ao cavado, serviu sobretudo para demonstrar que a maior parte dos Web-leitores aprova um debate sério sobre os temas que dizem respeito ao aperfeiçoamento e avanço dos aspectos que podem qualificar o Futmesa.

Foi isso que a maior parte dos navegadores expressou. Há a necessidade do debate sério, de ajustes, tendo como base uma troca de idéias responsável, e que todos possam ser ouvidos sobre a questão, aliás nossos dirigentes deveriam ter isso como norma.

Não entro aqui no mérito das vertentes sobre o assunto, vou focar aspectos objetivos, que ultrapassam aspectos interpretativos. Se a maioria, certa ou não, deseja ajustes, quais ajustes seriam estes com base com tudo que foi escrito em dezenas de emails e várias mensagens em nossa Zona de Comentários ?

Vamos lá. O retorno da arrumação dos botões somente nos gols e evidentemente na virada de jogo foi quase um consenso. O lateral 2 toques quando cedido, não importando se no campo defensivo ou ofensivo também apareceu com contundência. A exigência de 4 botões no ataque na arrumação esteve presente, o escanteio cavado com direito a tiro à gol e com algumas nuances, surgiu.

Todo a liberdade, mesmo sem ser o Presidente da FGFM à época das alterações e portanto sem poder discricionário, e estando longe dos poderes do "diminuído" Ricardo Teixeira, de acrescentar uma sugestão aparecida uma única vez, um detalhe na verdade, mas que sempre acrescenta. Refiro-me a não mais possibilidade de deitar o goleiro para as defesas, uma boa idéia.

LANCES RÁPIDOS

* O laboratório de lisos no Círculo Militar com uma Taça RS da modalidade tem 8 jogadores em cada grupo, representando 8 entidades das filiadas a FGFM.

* Arrisco. Na Chave A Mateus da Academia de Pelotas e Mário da AFM Caxias estarão nas quartas, Piruka da APFM e Kuhn da AFUMEPA são os outros candidatos.

* Na chave B Róbson de Sta.Vitória e Degani de Rigrandina seguem na competição, Yago do CM e Daniel Maciel da AFM Caxias são os outros 2 candidatos as quartas.

* No Master o que surpreende é a presença de Paulo Schemes na competição de laboratório. Qual a idade mínima ? De qualque forma entre os 9 participantes, é disparado o favorito.

* Destaque na fecha do Apertura do uruguayo neste final de semana é o confronto dos líderes, River Plate e Peñarol. O Nacional enfrenta o Bella Vista.

* A segunda-feira será dia de Brasil-PE e 14 de Julho de Livramento pela Copa Lacy Ughini no Bento Freitas em Pelotas. O 14 é vice-líder enquanto o Xavante ocupa a 5ª posição, atrás também do São Paulo de Rio Grande, Riopardense e Pelotas.

* A 4ª Copa da Liga Inglesa já tem garantia de sucesso na próxima terça, 27/9. A maioria das equipes já tem participação confirmada.

* Acuso o recebimento de comentário do amigo Roza de Joinville-SC, criticando com força o CONEXÃOLiso da última quinta e solicitando sua publicação na íntegra, já que por problemas técnicos não consegue postar na Zona de Comentários. Peço a gentileza da compreensão do Roza para não fazê-lo, uma vez que a questão do viés do escrito pelo nosso colaborador já foi exaustivamente referida, e o foco na verdade é o tema e não a visão deste. Mas fica o registro e o agradecimento ao Roza.

* Pelos primeiros treinos, parace que o alemão Sebastian Vettel caminha para a conquista do Bi-campeonato da F1 neste domingo de forma antecipada, no GP de Cingapura.

GERALDO DECIDE O 2º TURNO




















A grande ausência nas finais do 2º turno do Troféu Geraldo Santana de cavados na tarde deste sábado, será a de Paulo Fernando, que recupera-se de problema de saúde, hospitalizado na PUC em Porto Alegre. Mas as notícias são boas, pois está em franco progresso e poderá ter alta já nesta próxima terça. A Redação do Gothe Gol conversou com PF esta manhã recebendo as boas novas, e o técnico do River Plate desejou boa sorte a todos os finalistas do GS.

Confira os jogos

* Saul Martini x Gothe
* Leon Amaral x Azevedo
* Maurício x Cristian Costa

* botonistas que jogam com a vantagem do empate

J.Lucas que seria o adversário de Paulo Fernando, já está com vaga assegurada nas semifinais. A coordenação do Futmesa do Geraldo não afasta a possibilidade da decisão do campeonato acontecer hoje, caso o vencedor do 2º turno assim desejar, uma vez que Cristiano Carneiro vencedor do 1º turno, já manifestou desejo de jogar a decisão neste sábado. É bom ressaltar que a premiação da competição ainda não estará a disposição.

* logo e foto by Gothe Gol

8 comentários:

Pedro C Hallal disse...

Excelente texto do editor. Sobre os ajustes propostos, um a um:

- Lateral 2 toques quando cedido, não importando se no campo defensivo ou ofensivo: o tiro pode sair pela culatra. Muitos chutes a gol à bater podem ser evitados com o medo de errar a cavada e ceder 2 lances. O mesmo para tentativa de armação de jogadas. O jogo tende a ficar mais burocrático.

- Exigência de 4 botões no ataque: isso muda a estrutura do jogo, e não seria bom para o liso. No cavado, talvez até ajudasse, mas acho ruim deixar as regras divergentes.

- Escanteio cavado com direito a tiro à gol: embora o autor da idéia seja um multicampeão, pelo qual nutro o maior respeito como botonista e principalmente como pessoa, acho que a idéia seria ruim. Isso muda toda a estrutura da regra e consequentemente do jogo. Já fico imaginando o objetivo do jogo virar cavar escanteio, ao invés de tirar a zaga do adversário.

- Não possibilidade de deitar o goleiro para as defesas: acho essa uma boa idéia, que pode servir para o liso e para o cavado.

GOTHE disse...

Penso que como Editor e na medida em que propomos o espaço DE VOLTA O CAVADO que terminou pautando o tema, tínhamos a obrigação de apresentar aquelas sugestões que surgiram com mas intensidade, certas ou erradas.

Particularmente não defendo todas, mas creio que como laboratório deveriam se testadas. Aliás competições experimentais poderiam também servir de laboratório para possíveis modificações.

Na realidade o que não pode acontecer mais daqui para frente, são modificações nas regras sem o adequado debate com os interessados nas várias instâncias, o teste do que é proposto com as devidas avaliações e a permissividade de dirigentes tomarem decisões entre meia dúzia.

Talvez de todo o debate atual, esse seja o principal ensinamento a ser levado em consideração, mais do que qualquer modificação que possa ser adotada.

Um abraço,
Gothe.

Pedro C Hallal disse...

www.fgfmonline.blogspot.com

Cristian Baptista disse...

Pedrinho: como comentei, a sugestão do escanteio seria uma alteração drástica. Sou mais contra que a favor. Defendo apenas goleiro em pé pois não altera a estrutura da regra.

Sobre a arrumação dos botões, sou totalmente contra o retorno do "não arrumar". Altera toda a estrutura do jogo. Cito meu próprio exemplo: Saí do RS arrumando os botões e fiquei 2/3 anos sem jogar. Quando voltei, mesmo jogando botão quase que a vida toda, tive que me virar nos 30 para me adaptar a não arrumação. E o ponteiro? E o centroavante? E a estratégia que o jogador traça de limpar a ponta ou limpar a defesa do adversário quando tem o tiro de meta? Sem arrumar fica um toma lá dá cá e nivela o jogo no baixo nível. Além disso cria regra divergente para cavado e liso. E quem joga os dois? Abs.

claudioaalight disse...

Amigos,
Tivemos hoje, no RJ, o nosso Estadual Sênior Liso que foi pouco depois do Estadual Sênior Livre.
Gostaria de ressaltar que na 1ª fase nem foi preciso arbitragem.
Tão bom era o ambiente, apesar de valer um título,aonde estavam atletas como Marcos Barbosa, Pedro Carlos e outros que jogam a muitos anos.
Muitos atletas jogaram os dois Estaduais, o que para mim prova que uma regra não exclui a outra.
Mas são tipos de modalidade que tem características própias.
O importante é que tenhamos respeito e uma visão que favoreça o crescimento do nosso esporte de um modo geral.

GOTHE disse...

A regra deve ser sempre pensada para a regra e não para caraterísticas. Quem joga tênis e encara variáveis como paddle e squash precisa se adaptar. Mesmo para sair de um jogo de simples para um de duplas há ajustes no tênis.

A pergunta a ser respondida é, cavados e lisos são diferentes ? Como não há quem diga o contrário, não podem ter uma unificação apenas para proteger quem deseja jogá-los paralelamente.

Podem e devem conviver, desde que respeitadas suas espeficidades.

Abraço,
Gothe.

Guido - Maletas para Futebol de Mesa disse...

Apesar de ter adotado uma política de não me manifestar mais publicamente por uma série de razões de cunho particular, vou ocupar esse espaço novamente. E o motivo é bem simples: a discussão do assunto está tomando o rumo que deve - a seriedade. Acima de propor essa ou aquela mudança, penso que os praticantes do cavado devem se conscientizar que "do jeito que tá, não dá..." Cito por exemplo as mudanças que foram sendo introduzidas ao longo do tempo: a abolição da cava do goleiro e a não arrumação dos times nos tiros de meta, por exemplo. Essa última foi um proposição minha numa Assembléia da ABFM(na época) e era o jeito que treinávamos em Santa Vitória visando as competições estaduais. Lembro que na época foi um alvoroço e tinha gente que dizia que até abandonaria o futebol de mesa... Foi um sucesso e hoje volta a ser lembrada como solução. Cito isso não para me vangloriar de ser o pai da criança pois sou avesso a esse tipo de publicidade mesquinha. Mas para sublinhar que toda mudança - se tiver que ser adotada - tem que ser testada previamente. As vezes uma idéia parece ser fantástica e na prática se torna um fracasso. O contrário também é possível - uma idéia desprentensiosa pode ser uma grande solução. Testem em amistosos as proposições apresentadas e discutam os resultados. Deve ter mais gente com idéias inovadoras que talvez nem as apresentem com receio dos radicalismos e do conservadorismo que alguns exercem.
Somos unânimes, no entanto, na idéia de que algo precisa ser feito para valorizar a modalidade, para torná-la um jogo bom de assistir, para atrair novos adeptos,enfim... pois a simples justificativa de que se joga para conseguir um objetivo - conquistar troféu - pode ser o decreto de sua falência. Alguma coisa precisa ser feita - o quê, não sei. Quem sabe a regra? Mudar mentalidade é chover no molhado pois os exemplos estão ai, bem visíveis.
Muito lutei pela modalidade nas Assembléias da Associação Brasileira, defendendo com unhas e dentes os seus interesses. Enquanto Deus me permitir, vou continuar defendendo. E nem estou jogando...
Conclamo a todos que se unam e no mínimo, a discutam de forma séria, sem radicalismos e vaidosismos.
O cavado não vai acabar mas com o esvaziamento lento e gradual que sofre pode ficar restrito a poucos praticantes.E isso, creio, não é o que queremos, com certeza.

dr Maia disse...

Creio que a retirada da cava do goleiro se deu paralelamente ao fim da possibilidade do goleiro, no futebol de campo, pegar a bola com as mãos quando recuada com os pés pelo companheiro de time. Desta forma, gostaria de sugerir uma modificação da regra com intuito de dificultar a cobertura. Trata-se da proibição do botão defensor se colocar entre a bolinha e o botão atacante quando aquela (bolinha) estiver a 12 cm ou menos do botão atacante, ou seja, sempre que a bolinha estiver a 12 cm ou menos do atacante não pode haver cobertura, pois seria considerada falta técnica (obstrução) com o desfazimento da jogada e a possibilidade do chute a gol.