COLUNISTAS

NA AVALANCHE por Cristian Costa

Acabou. Nada de bancar o bonzinho a partir de agora. Mandei a sobriedade e a humildade dar uma banda sem data para voltar. Mesmo com Ed Carlos, um dos piores zagueiros do Planeta Terra, o Grêmio vem acumulando sucesso no campeonato brasileiro. Já fiz as contas para o título. E como eu projeto derrota no RJ neste final de semana, nada de alarmistas virem aqui detratar o tricolor. Seremos campeões e este título terá dois destaques.

Celso Roth. O lendário. O homem que come Boinas Verdes no café da Manhã. Perto dele o Stallone é um bichinha purpurinada.  Mourinho já declarou em alto e bom som seus três livros de cabeceira: Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Ulisses, de James Joyce, e Como Fazer de um Volante um craque, de Celso Roth.

Roth transformou Douglas em volante. Daqueles que enchem o meia habilidoso do outro time de pontapés. Graças aos nossos volantes destruidores ganhamos três na corrida e subimos na tabela. Roth nos levará ao título e terá seu nome gritado a plenos pulmões por Dani (presidente e dona da Afumepa) pelas ruas de Porto Alegre.

O outro herói da conquista é Rafa Tosh. Primeiro, ele conseguiu convencer o Gothe a não assistir mais os jogos no estádio Olímpico (não me revelou como). O meu editor é uma pessoa sensacional, mas a fama de pé-frio já atingiu proporções incontroláveis. Depois, seus chazinhos para jogadores e comissão técnica do adversário estão fazendo efeito. Nem o Dagoberto nos fez gol. E olha que o Dagoberto só faz gol na gente.

O Grêmio ruma ao título na tática de Roth e nos chazinhos de Rafa.

Brasileirão

Leandro Damião não joga absolutamente nada. Se ele vale 50 milhões de euros quanto vale o Borges que faz muito mais gol. Sabe quando um time europeu vai pagar mais de 20 milhões por ele: nunca. A Europa tá fudida e só rola grandes transações depois que o jogador confirma no velho continente.

Mas a maior piada da semana é que o Napoli ia pagar mais de 5 milhões pelo passe do Juan...hahahahahahahahahahhahahahahahahahahahahahahhahaahhaha!! É o Inter e sua megalomania de considerar seus jogadores supervalorizados e a Copa Yakubuku ou Massachuteses como título....hahahahahahahahaha

Fogão segue tendo a minha torcida para o título em caso de insucesso do Grêmio na competição.

Ah, é sempre bom dar uma olha neste videozinho para rir um pouco!!

http://www.youtube.com/watch?v=0QpyBYEz66g&feature=related

Futebol de Mesa

Vou dar o meu pitaco sobre a questão das mudanças na regra. A única alteração devia ser: enquanto o Cristian estiver jogando, deve sempre ter uma linda mulher a lamber a sua bola esquerda. A direita não precisa.

Lagoão

Teve um torneio de caráter amistoso neste final de semana em são Lourenço. O destaque foi a participação de várias cidades satélites ao evento. Gravataí e Viamão, cidades localizadas na região metropolitana de Porto Alegre (pelo menos é o que diz o mapa pois nunca me arrisquei a conhecer tais cidades pessoalmente) e Livramento, município pertencente a Grande Alegrete. Sejam bem-vindos. É sempre bom ter pessoas de locais inóspitos jogando com a gente. Denota o crescimento do futebol de mesa.

Meu amado editor quase foi campeão do torneio acima dos 90 anos. Ele me mandou uma mensagem de que foi garfeado na final e só por isso não levantou o caneco.  Eu mato se descubro quem foi!!

Ah, o Leon tava muito triste por não ter jogado o laguinho!!

Olimpíadas

Marcelinho Huertas joga muito. E se o Magnano for foda, e ele é, vai fazer o Leandrinho e o Nenê assistirem a olimpíada do mesmo lugar que eu: o sofá da sala.

Não existe nenhuma chance de medalha em Londres. Os Estados Unidos e as prováveis seleções europeias (Espanha, França, Lituânia, entre outras) estão vários passos na nossa frente.

Fiquei feliz pela conquista da Argentina. O último grito de uma geração que provou ser possível uma seleção sul americana jogar de igual para igual com os “Ianques” e as seleções do continente onde ninguém curte tomar banho.

As aventuras de Caju

Antes de torcer para o time da maior torcida de radinho e tvzinha do Brasil (Flamengo), Marcelo Caju foi fanático torcedor do Gigante da Colina.

Em 2005, Marcelo convidou eu e o Gerson Azevedo para inaugurar sua mesa de botão. Lá fomos nós na casa do rapaz. Enquanto ele o Azevedo duelavam, fui dar uma olhada na biblioteca do rapaz. Mexe daqui, dali e me deparei com uma caixa velha. Perguntei se podia mexer e ele fez sim com a cabeça, pois a boca estava ocupada (não preciso dizer com o que né).

Vi um velho diário com os dizeres na capa: uma adolescência feliz.

Abro ele em uma página intermediária e dou de cara com o título: o Dia Mais Feliz da Minha Vida.

Opa, vou ler essa porra agora mesmo, pensei.

Naquelas páginas machadas com o passar dos tempos, Marcelo descrevia detalhe por detalhe o dia.

Eis um trecho

“A vantagem acumulada ao longo do campeonato dava ao Vasco o luxo de jogar pelo regulamento a segunda partida da decisão, na quarta-feira dia 22 de junho, explorando o desespero do Flamengo, roubar a bola e partir para o contra-ataque.

No segundo tempo o nervosismo do Flamengo aumentava e o time estava cada vez mais desordenado em campo, enquanto que o Vasco contra-atacava com perigo.

O jogo se encaminhava para o seu final, com a torcida vascaína presente já comemorando o título, quando aconteceu o lance que iria se eternizar como a marca do bi-campeonato, aos 44 minutos do segundo tempo. Cocada, que havia entrado no lugar de Vivinho, avançou com muita personalidade e perfeito domínio de bola. Quando Edinho apareceu para lhe dar combate, perto da risca da grande área, Cocada fingiu que sairia pela direita. Edinho acompanhou a ginga do seu corpo e ele então cortou para dentro e encheu o pé esquerdo. Pegou na veia. A bola entrou como um foguete, pelo alto. Um golaço, que selava a sorte do campeonato e coroava a melhor campanha do Vasco.

Cocada corria alucinado rodando a camisa na mão, em comemoração tão eufórica, que acabou sendo expulso.

Eu abraçava sem parar meu priminho Joaquim e meu tio Manuel. Foi show ver Romário, Roberto Dinamite (ainda vou ver esse cara presidente do meu clube) dando uma lição na mulambada. Foi lindo de se ver....”

Fiquei atônito, como assim Marcelo Caju foi vascaíno fanático antes de torcer para o Flamengo. Não acreditei e segui lendo o diário. Na próxima coluna conto com mais detalhes porque o rapaz mudou de time.

Um abraço aos amigos da TOV (Torcida Organizada do Vasco) primeira torcida organizada da vida do Caju.

Frase da semana

“Tu não jogou assim em Pelotas?”

Maurício Cadore depois de me ganhar e ainda perder três dois toques no jogo

N.E. Como não acreditamos em ciúmes "masculino", alertamos que os conteúdos das colunas bem como o que ingerem os colunistas antes, durante e depois de redigí-las, é da inteira responsabilidade destes (risos).

* Até o momento desta edição não recebemos em nossa Redação a coluna INTERação de Guilherme Gonçalves.