quarta-feira, 18 de maio de 2011

COLUNISTAS


O dia é dos COLUNISTAS, folga para o Editor, mas quero deixar o convite para os internautas amanhã fazerem por aqui um giro pelo canteiro de obras da nova ARENA do GRÊMIO, entremeado de muita informação de Futmesa e Futebol. Imagens exclusivas da mais moderna ARENA do Brasil a partir de Dezembro de 2012 e de quebra, alguns dados e notícias interessantes da ARENA e do trabalho da Grêmio Empreendimentos. Agora é conferir Cristian Costa e Caco Castellan, que só para variar, estão ótimos !

* foto by Mariana Caldieraro

NA AVALANCHE por Cristian Costa

























O texto abaixo, não é um texto, nem perto disso. É um manifesto apaixonado e cego. Dele, não exijam métrica, ortografia ou clareza... ele é um retrato da mente distorcida de um torcedor aficionado pelo clube que torce desde os sei lá quantos anos de idade.

Eu tenho dois amigos colorados insuportáveis. O Antero (mais), o Maurício (menos). Durante os anos de 95 e 99 fomos colegas na faculdade. Quem bate esquece, mas não me lembro de encher o saco deles metade do que os dois enchem o meu nos dias de hoje.

Tenho que dar a mão a palmatória, o Maurício me largou de mão nos últimos tempos, mas o Antero segue xaropiando ao extremo, tanto que ele é o único colorado do mundo que eu toco flauta.

Os dois, baseados em números históricos falam com a boca cheia sobre a vantagem do Inter sobre o Grêmio em grenais. Nos chamam de filhos e coisas do tipo, também apoiado nos recentes duelos (apesar de que nos últimos anos o equilíbrio tem sido a tônica).

Eu nasci em 1976. Comecei a gostar de futebol antes disso: em 1975. Mas só fui entender o jogo a partir de 1984.

De lá pra cá, vi meu time vencer mais grenais. A vantagem era de mais de 30 clássicos quando eu era criança e hoje é de 23. A “soberania” colorada foi construída nos anos 40 e reforçada na década de 70. O Grêmio diminui sensivelmente essa diferença em dois momentos principalmente: metade final dos anos 80 (grande Lima - foto, e Jorge Veras) e final da década de 90 início da de 2000.

Ou seja, eu não vi o Inter ficar dezessete grenais sem perder (apesar de sentir a dor como se eu tivesse plantado na arquibancada em cada jogo daqueles até os 3x1 de 1975, com três do Zequinha), porém vi meu time ficar sem perder durante treze clássicos. Onde ficou gravado o inesquecível 4x2 do gauchão de 2001- isso que o Marcelinho Paraíba não jogou.

Todavia, sou obrigado a confessar, a dor imensa na derrota do grenal da semi de 1988. A disputa mais importante até aqui, disparada.

A diferença de vitórias entre Grêmio e Inter é alicerçada nos jogos amistosos e no citadino onde a diferença é de 14 triunfos para o alvi rubro. No campeonato brasileiro, o Grêmio leva vantagem (17x15). Se contarmos a Taça Roberto Gomes Pedrosa (eu considero brasileiro, mas a Taça Brasil não), existe um empate em dezessete, ou seja, em competições nacionais Grêmio e Inter estão rigorosamente empatados.

Vi meu time golear três vezes e ser goleado em três oportunidades. Mais um empate

Vamos ao assunto taça no armário: desde 1984 pra cá vi o Grêmio levantar estes troféus

Gaúcho: 14
Brasileiro: 1
Libertadores: 1
Recopa: 1
Copa do Brasil: 4

Sofri ao ver o Inter ganhar:

Gaúcho: 12
Libertadores: 2
Mundial: 1
Recopa: 1
Copa do Brasil: 1
Sul Americana: 1

Muito equilíbrio, com uma ligeira vantagem para nós, nos títulos de um e de outro.

Tudo isso posto, ressalta o meu posicionamento de sofredor no atual momento, mas não de um sofredor desde o nascimento. Tive imensas alegrias (que sempre duram dez minutos no máximo) e tristezas vorazes (ah, essas malditas duram uma eternidade).

Sei lá o que eu quis dizer, mas disse!!

OBS: Domingo estarei no Olímpico (onde não estive no último jogo do Estadual) para acompanhar o meu time no início do campeonato brasileiro.

CACOLORADO por Caco Castellan




















Quem foi o homem grenal ?

Posso e devo, começar a coluna de hoje dizendo que o resultado do grenal do último domingo foi justo e, como também havia destacado na semana passada, premiou a equipe que mais teve vontade de ganhar. 

O Grêmio iniciou a partida acreditando que o domingo apenas confirmaria o título já ganho no Beira Rio, uma vez que sequer havia a necessidade de vitória na partida e por assim pensar esqueceu de jogar.

Após a derrota do Internacional em Dubai, alguns episódios se somaram e podem ser considerados no desfecho acontecido:

1- Renato Portaluppi se declara um treinador caro, mas que se paga.

2- A contratação de Ronaldinho Gaúcho, dada como certa, cria um clima de “agora seremos imbatíveis”.

3- A chegada de Escudero e Carlos Alberto ratifica a sensação de invencibilidade e criaria ao treinador a “boa” dor de cabeça de deixar nomes de peso no banco como alternativas.

4- A vitória de virada no grenal de Rivera e a conquista do 1º turno do Gauchão dá a certeza do Grêmio ser superior ao Internacional.

5- E, por fim a vitória no 1º jogo da decisão, novamente com uma virada e desta vez na casa do adversário.

Estes fatores no meu entender obstruíram a visão de boa parte da torcida tricolor e tudo terminou como terminou: a torcida sofrendo, tendo que aquentar corneta e a direção seguindo firme e em frente. E, neste caso a observação sobre a direção vale para todos.

Mas, dentro de meus critérios, acredito que para o bem do futebol foi importante que o desarrumado e sem goleiro time do Inter vencesse ao arrumado e insuficiente time gremista.

Chega, basta de tanta cortina de fumaça, time guerreiro e pegador é uma falácia criada por dirigentes incompetentes para justificar a não contração de jogadores verdadeiramente talentosos e isto serve para todos nós não podemos ser avalistas desta idéia que só faz nos diminuir.

É claro que as conquistas só chegam quando os craques sujam a bunda, sem determinação ninguém ganha nada, mas time de operários, é bom para as Olimpíadas do Sesi e time brigador serve para o campeonato interno da PASC.

Futebol se ganha com qualidade, com talento e grandes jogadores que não precisam necessariamente ser conhecidos ou mesmo famosos, exemplos disto são Leandro e Leandro Damião.

Como alguém já disse, nada substitui o talento.

Mudando de assunto, mas pegando o gancho do talento que grande competição o Estadual Especial Liso, a 6ª edição do Campeonato reuniu os melhores técnicos do RS, todos com passagens marcantes na modalidade livre.

Na grande final uma virada de 0 x 2 para 3 x 2, impensável para um jogo de cavados, foi a primeira virada a favor de um time vermelho, ou para o time do Alex quase vermelho, mas já se anunciava um domingo colorado o que ficou confirmado mais tarde adiante.

O liso parece estar definitivamente incorporado ao RS e aumenta aceleradamente o número de novos entusiastas, o desafio de novas conquistas tem sido o fator alimentador deste crescimento, bem como o desejo de desafiar aos nordestinos, que até o ano passado consideravam-se os únicos jogadores de Futebol de Mesa do país.

A chegada de Alex Degani, juntando-se aos grandes técnicos já praticantes da modalidade fará não duvido com que outros a eles se unam e no Brasileiro de Recife já contaremos com uma verdadeira tropa de elite para atormentar o povo do nordeste.

O domínio baiano já tem prazo para acabar, tenho certeza, em 2010 Laurinho Moretto mostrou o caminho, Vinhas quase chegou e no Junior o domínio foi total, tá bem que os guris eram todos daqui mesmo, mas estão deixando a gente pegar gosto, depois não adianta reclamar, só inventando novamente uma outra forma de dividir o FM brasileiro.

Ah ! Quase esqueço, o homem grenal não foi o Viçosa ou o Damião, o verdadeiro nome dos clássicos, não marcou nenhum gol, mas fez três assistências primorosas. Renan é o cara.

Abraços Colorados.

* foto by Ítalo Petrecheli e FGFM

5 comentários:

Daniel disse...

Semana grenal, sempre é uma semana de alegria e tristeza.
Para nos acabou o engodo e para eles acerteza que estão no caminho certo.
E mais uma vez continuamos atrás, eles já contrataram e nos que precisamos continuamos nos discursos consilhadores.
È Cristian passou a época das conquistas, fazem dez anos que não ganhamos titulos de expressão, alguns gaúchões 3 ou 4 há não podemos esquecer a batalha dos Aflitos que nosso presidente gosta de lembrar e exaltar, e enquanto isso nosso rival acumula titulos atravez do trabalho realizado com antecedencia.
Nós não temos dinheiro, velocidade e nem criatividade.
Cristian vai um toque para futuras colunas, O presidente do Site mais moderno, o presidente do onibus mais moderno ou o presidente da Arena mais moderna.
E eu só quero o time mais moderno e vitorioso, rsrsrsrsrsrsrs

Abraço a todos

Dani Junqueira

GOTHE disse...

O legal com o tempo, é descobrir que com toda a tristeza das derrotas, o mais fácil ainda é ser torcedor, rsrs.

Abraços,
Gothe.

Umberto Nunes disse...

Isso aí, Caco, esta história de imortalidade e o orgulho da batalha contra o- Náutiquem?- só ajudam aos colorados. Como o time da Azenha se apequenou depois disto...

Guido - Maletas para Futebol de Mesa disse...

Eu acho que as colunas hoje se superaram. Não saberia dizer qual a melhor. O Cristian faz abordagem da falada superação colorada por um ângulo bem interessante. Não importa o ângulo, um apaixonado torcedor poderia dizer. Mas isso, convenhamos é assunto para mesa de bar. Discutir supremacia de títulos e conquistas é balela. Como sempre fizeram e fazem ainda hoje os torcedores colorados ao se referirem as conquistas tricolores como "peças de museu"... O Caco, na sua coluna, mostra o que é ser torcedor de um time. Analisa a vitória vermelha com a mesma tinta que usou na derrota do Beira-Rio. É cirúrgico quando afirma que o Inter foi desarrumado e sem goleiro e o Grêmio foi arrumado e insuficiente com um ar de soberba. Perfeito! Cantar marra por uma vitória nos pênaltis - fosse para qual lado fosse - é pura fanfarra de torcedor parasita, aquele que só vive da desgraça do outro. A realidade é muito fúnebre para ambos os times, penso.
Quanto aos lisos, Caco, só tenho a te dizer uma coisa: Deus te ouça! Não morro sem ver um gaúcho Campeão Brasileiro da modalidade...

Feijó disse...

Guido, para o teu amigo aqui a melhor coluna é a tua.
Explico, sem nenhum desvio e com a elasticidade de um tasciturno, perfeita e sem bico de papagaio.
Abração sem entortar a coluna...
Rogério D'avila Feijó